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sexta-feira, 29 de abril de 2011

A CONTRIBUIÇÃO DE DURKHEIM PARA A SOCIOLOGIA


Durkheim é apontado com um dos primeiros grandes teóricos da Sociologia, embora Comte possa ser considerado o pai por tê-la batizado.
Durkheim e seus colaboradores emanciparam a Sociologia da Filosofia Social e colocou-a como disciplina científica rigorosa. Sua preocupação foi definir o método e as aplicações desta nova ciência. Ele formulou com clareza o tipo de acontecimento sobre os quais o sociólogo deveria se debruçar: os fatos sociais que deveriamser o objeto da Sociologia.
A educação desempenha, uma importante tarefa na conformação dos indivíduos à sociedade em que vivem, a ponto de, após algum tempo, as regras estarem internalizadas e transformadas em hábitos.
Uma vez identificados e caracterizados os fatos sociais, a preocupação de Durkheim dirigiu-se para a conduta necessária ao cientista, a fim de que seu estudo tivesse realmente bases científicas. Para Durkheim, como para todos os positivistas, não haveria explicação científica se o pesquisador não mantivesse certa distância e neutralidade em relação aos fatos, resguardando a objetividade de sua análise. Foi preciso que o sociólogo deixe de lado seus valores e sentimentos pessoais em relação ao acontecimento a ser estudado, pois eles nada têm de científico e podem distorcer a realidade dos fatos.
Procurando garantir à Sociologia um método tão eficiente quanto o desenvolvido pelas ciências naturais, Durkheim aconselhava o sociólogo a encarar os fatos sociais como coisas, exteriores, deveriam ser medidos, observados e comparados independentemente do que os indivíduos pensassem ou declarassem a seu respeito. Estas formulações seriam apenas opiniões, juízos de valor individuais que podem servir de indicadores dos fatos sociais, mas mascaram as leis de organização social, cuja racionalidade só é acessível ao cientista.
Para se apoderar dos fatos sociais, o cientista deve identificar, dentre os acontecimentos gerais e repetitivos, aqueles que apresentam características exteriores comuns.
Os fenômenos devem ser sempre considerados em suas manifestações coletivas, distinguindo-se dos acontecimentos individuais ou acidentais.
Para Durkheim, a Sociologia tinha por finalidade não só explicar a sociedade como encontrar remédios para a vida social. A sociedade, como todo organismo, apresentaria estados normais e patológicas, isto é, saudáveis e doentios.
Durkheim considera um fato social como normal quando se encontra generalizado pela sociedade ou quando desempenha alguma função importante para sua adaptação ou sua evolução. Assim, Durkheim afirma que o crime, por exemplo, é normal não só por ser encontrado em qualquer sociedade, em qualquer época, como também por representar a importância dos valores sociais que repudiam determinadas condutas como ilegais e as condenam a penalidades. A generalidade de um fato social, isto é, sua unanimidade, é garantia de normalidade na medida em que representa o consenso social, a vontade coletiva, ou o acordo de um grupo a respeito de uma determinada questão.
Partindo do principio de que o objetivo máximo da vida social é promover a harmonia da sociedade consigo mesma e com as demais sociedades, e que essa harmonia é conseguida através do consenso social, a "saúde" do organismo social se confunde com a generalidade dos acontecimentos e com a função destes na preservação dessa harmonia, desse acordo coletivo que se expressa sob a forma de sanções sociais. Quando um fato põe em risco a harmonia, o acordo, o consenso e, portanto, a adaptação e evolução da sociedade, estamos diante de um acontecimento de caráter ruim e de uma sociedade doente, portanto, normal é aquele fato que não extrapola os limites dos acontecimentos mais gerais de uma determinada sociedade e que reflete os valores e as condutas aceitas pela maior parte da população.
Toda a teoria sociológica de Durkheim pretende demonstrar que os fatos sociais têm existência própria e independente daquilo que pensa e faz cada indivíduo em particular. Embora todos possuam suas "consciências individuais", seus modos próprios de se comportar e interpretar a vida, podem-se notar, no interior de qualquer grupo ou sociedade, formas padronizadas de conduta e pensamento. Essa constatação está na base do que Durkheim chamou consciência coletiva.
A consciência coletiva não se baseia na consciência dos indivíduos singulares ou de grupos específicos, mas está espalhada por toda a sociedade. Ela revela o tipo da sociedade, que não seria apenas o produto das consciências individuais, mas algo diferente, que se imporia aos indivíduos e perduraria através das gerações.
A consciência coletiva é a forma moral vigente na sociedade. Ela aparece como regras fortes e estabelecidas que delimitam o valor atribuído aos atos individuais. Ela define o que, numa sociedade, é considerado imoral ou criminoso.
Do que foi exposto conclui que Durkheim se propôs a tarefa de realizar uma teoria da investigação sociológica. E foi o primeiro sociólogo que conseguiu atingir seu objetivo, em condições difíceis e com um êxito que só pode ser contestado quando se toma uma posição diferente em face das condições, limites e ideais de explicação científica na Sociologia.
Para Durkheim, a Sociologia deveria ter ainda por objetivo comparar as diversas sociedades. Constituiu assim o campo da morfologia social, ou seja, a classificação das espécies sociais. Durkheim considerava que todas as sociedades haviam evoluído da forma social mais simples, igualitária, reduzida a um único segmento onde os indivíduos se assemelhavam aos átomos. Desse ponto de partida, foi possível uma série de combinações, das quais originaram-se outras espécies sociais identificáveis no passado e no presente, tais como os clãs e as tribos.
O Positivismo, que pusera os filósofos diante de uma realidade social a ser especulada, transformou-se, em Durkheim, numa real postura empírica, centrada naqueles fatos que poderiam ser observados, mensurados e relacionados através de dados coletados diretamente pelo cientista. Durkheim procurou, para isso, estabelecer os limites e as diferenças entre a particularidade e a natureza dos acontecimentos filosóficos, históricos, psicológicos e sociológicos. Elaborou um conjunto coordenado de conceitos e de técnicas de pesquisa que, embora norteados por princípios das ciências naturais, guiavam o cientista para o discernimento de um objeto de estudo próprio e dos meios adequados para interpretá-lo.
Embora preocupado com as leis gerais capazes de explicar a evolução das sociedades humanas, Durkheim ateve-se também às particularidades da sociedade em que vivia e aos mecanismos de coesão dos pequenos grupos, à formação de sentimentos comuns resultantes da convivência social. Distinguiu diferentes instâncias da vida social e seu papel na organização Social, como a educação, a família e a religião. Pode-se dizer que, com Durkheim, já se delineava uma apreensão da Sociologia em que se relacionava harmonicamente o geral e o particular numa busca, ainda que não expressa, da noção de totalidade. Essa noção foi desenvolvida particularmente por seu sobrinho e colaborador Marcel Mauss, em seus estudos antropológicos. Em vista de todos esses aspectos tão relevantes e inéditos, os limites antes impostos pela filosofia Darwinista positivista perderam sua importância, fazendo dos estudos de Durkheim um constante objeto de interesse da Sociologia Contemporânea.

terça-feira, 26 de abril de 2011

mande uma frase para alguem

A finalidade da arte é dar corpo à essência secreta das coisas, não copiar sua aparência." (Aristóteles)

terça-feira, 19 de abril de 2011

CEPS divulga leituras recomendadas para o Processo Seletivo 2012


O Centro de Processos Seletivos (CEPS) da Universidade Federal do Pará (UFPA) divulgou, nesta segunda-feira, 18, a lista de leituras recomendadas para o Processo Seletivo da Instituição, em 2012. São 20 leituras, divididas entre os vários eixos temáticos abordados nas Literaturas Brasileira e Portuguesa.

A divulgação foi feita durante entrevista coletiva de imprensa, realizada na tarde desta segunda-feira. Estiveram presentes a diretora do CEPS, professora Marilucia Oliveira; o assessor técnico da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (Proeg), professor  Mauro Magalhães; o coordenador pedagógico do CEPS, professor Arquimímo de Almeida; e alguns integrantes da comissão que definiu as leituras: professores Silvio Holanda, Elizabeth Vidal e Marly Furtado.

Segundo a professora Marilucia Oliveira, o conteúdo foi baseado na matriz de referência do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mas também levou em conta a decisão do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da UFPA de explorar conteúdos relacionados à região amazônica.

Entre as obras da Literatura Paraense que fazem parte das leituras, estão os contos Desilusão e Que bom marido, do escritor Marques de Carvalho; o conto O carro dos milagres, de Benedicto Monteiro; e Primeira Manhã, de Dalcídio Jurandir.

Mudanças – A nova lista de leituras recomendadas é bastante diferente da dos anos anteriores. “A última mudança foi no final de 2006 e início de 2007, mas com poucas alterações”, afirma o professor Mauro Magalhães. Apenas duas das leituras permanecem as mesmas: os poemas de Alberto Caiero – heterônimo do poeta português Fernando Pessoas – e os textos de Gregório de Matos Guerra.

Algumas novidades são o livro A viagem do elefante, do romancista José Saramago, as crônicas de Olavo Bilac e os textos líricos de Camões, em vez dos épicos.

De acordo com o professor Silvio Holanda, um dos critérios para a seleção da nova grade de leituras foi a rotatividade de autores. “Por exemplo, no Simbolismo, podemos alternar entre Camilo Peçanha e Antônio Nobre, então, há esse critério de não ficar sempre no mesmo autor. Todos são representativos, mas há um sistema cíclico de não ficar sempre nos mesmos nomes”, explica o professor.

A professora Elizabeth Vidal lembra que o objetivo das leituras é encantar os alunos. “Não queremos sobrecarregá-los, mas sim fazer com que eles sintam menos o peso e mais o prazer da leitura, como em A viagem do elefante, que, embora seja ambientado no século XVI, tem uma narrativa extremamente leve. É um verdadeiro tratado de como montar uma expedição,” diz ela.

Outro critério de seleção foi a disponibilidade das obras. Segundo o professor Silvio Holanda, os contos de Marques de Carvalho não foram mais editados, mas, como são domínio público, serão disponibilizados pela internet. Já o conto O carro dos milagres, de Benedicto Monteiro, foi reproduzido em uma edição econômica, pela editora Amazônia, no valor de R$ 5 reais.

A lista completa das leituras recomendadas para o Processo Seletivo 2012 da UFPA pode ser vista aqui ou no site do CEPS: www.ceps.ufpa.br.

Texto: Dilermando Gadelha – Assessoria de Comunicação da UFPA

sexta-feira, 15 de abril de 2011

bullyng

Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.

"É uma das formas de violência que mais cresce no mundo", afirma Cléo Fante, educadora e autora do livro Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas Escolas e Educar para a Paz (224 págs., Ed. Verus, tel. (19) 4009-6868 ). Segundo a especialista, o bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, vizinhança e locais de trabalho. O que, à primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivo pode afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa.
Além de um possível isolamento ou queda do rendimento escolar, crianças e adolescentes que passam por humilhações racistas, difamatórias ou separatistas podesm apresentar doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que influencie traços da personalidade. Em alguns casos extremos, o bullying chega a afetar o estado emocional do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o suicídio.

terça-feira, 12 de abril de 2011

ESQUIZOFRENIA E OUTROS TRANSTORNOS PSICÓTICOS

ESQUIZOFRENIA E OUTROS TRANSTORNOS PSICÓTICOS 
Sinônimo e nomes populares:
Psicose, loucura, insanidade
O que é?
Esquizofrenia é uma doença mental que se caracteriza por uma desorganização ampla dos processos mentais. É um quadro complexo apresentando sinais e sintomas na área do pensamento, percepção e emoções, causando marcados prejuízos ocupacionais, na vida de relações interpessoais e familiares.
Nesse quadro a pessoa perde o sentido de realidade ficando incapaz de distinguir a experiência real da imaginária. Essa doença se manifesta em crises agudas com sintomatologia intensa, intercaladas com períodos de remissão, quando há um abrandamento de sintomas, restando alguns deles em menor intensidade.
É uma doença do cérebro com manifestações psíquicas, que começa no final da adolescência ou início da idade adulta antes dos 40 anos. O curso desta doença é sempre crônico com marcada tendência à deterioração da personalidade do indivíduo.
Como se desenvolve?
Até hoje não se conhece nenhum fator específico causador da Esquizofrenia. Há, no entanto, evidências de que seria decorrente de uma combinação de fatores biológicos, genéticos e ambientais que contribuiriam em diferentes graus para o aparecimento e desenvolvimento da doença. Sabe-se que filhos de indivíduos esquizofrênicos têm uma chance de aproximadamente 10% de desenvolver a doença, enquanto na população geral o risco de desenvolver a doença é de aproximadamente 1%.
O que se sente?
Os quadros de esquizofrenia podem variar de paciente para paciente, sendo uma combinação em diferentes graus dos sintomas abaixo:
 
Delírios:

o indivíduo crê em idéias falsas, irracionais ou sem lógica. Em geral são temas de perseguição, grandeza ou místicos
Alucinações:

O paciente percebe estímulos que em realidade não existem, como ouvir vozes ou pensamentos, enxergar pessoas ou vultos, podendo ser bastante assustador para o paciente
Discurso e pensamento desorganizado:

O paciente esquizofrênico fala de maneira ilógica e desconexa , demonstrando uma incapacidade de organizar o pensamento em uma seqüência lógica
Expressão das emoções:

O paciente esquizofrênico tem um "afeto inadequado ou embotado", ou seja, uma dificuldade de demonstrar a emoção que está sentindo. Não consegue demonstrar se está alegre ou triste, por exemplo, tendo dificuldade de modular o afeto de acordo com o contexto, mostrando-se indiferente a diversas situações do cotidiano
Alterações de comportamento:

Os pacientes podem ser impulsivos, agitados ou retraídos, muitas vezes apresentando risco de suicídio ou agressão, além de exposição moral, como por exemplo falar sozinho em voz alta ou andar sem roupa em público.
Como o médico faz o diagnóstico?
Para fazer o diagnóstico , o médico realiza uma entrevista com o paciente e sua família visando obter uma história de sua vida e de seus sintomas o mais detalhada possível. Até o presente momento não existem marcadores biológicos próprios dessa doença nem exames complementares específicos, embora existam evidências de alterações da anatomia cerebral demonstráveis em exames de neuro-imagem e de metabolismo cerebral sofisticados como a tomografia computadorizada, a ressonância magnética, entre outros.
Além de fazer o diagnóstico, o médico deve tentar identificar qual é o subtipo clínico que o paciente apresenta. Essa diferenciação se baseia nos sintomas que predominam em cada pessoa e na evolução da doença que é variada conforme o subtipo específico. Os principais subtipos são:
 
paranóide (predomínio de delírios e alucinações)
desorganizada ou hebefrênica (predomínio de alterações da afetividade e desorganização do pensamento)
catatônico (alterações da motricidade)
simples (diminuição da vontade e afetividade, empobrecimento do pensamento, isolamento social)
residual (estágio crônico da doença com muita deterioração e pouca sintomatologia produtiva).
Como se trata?
As medicações antipsicóticas ou neurolépticos são o tratamento de escolha para a esquizofrenia. Elas atuam diminuindo os sintomas (alucinações e delírios), procurando restabelecer o contato do paciente com a realidade; entretanto, não restabelecem completamente o paciente. As medicações antipsicóticas controlam as crises e ajudam a evitar uma evolução mais desfavorável da doença. Em geral, as drogas antipsicóticas apresentam efeitos colaterais que podem ser bem controlados.
Em crises especialmente graves, ou em que não houve resposta às medicações, pode-se fazer uso da eletroconvulsoterapia (ECT) antigamente chamado de eletro-choque. Esse método é bastante seguro e eficaz para melhora dos sintomas, sendo realizado com anestesia. Uma outra possibilidade é usar antipsicóticos mais modernos chamados de atípicos ou de última geração. As abordagens psico-sociais, como acompanhamento psicoterápico, terapia ocupacional e familiar são também muito importantes para diminuir as recaídas e promover o ajustamento social dos portadores da doença.
OUTROS TRANSTORNOS PSICÓTICOS
Transtorno Esquizofreniforme
Os pacientes com Transtorno Esquizofreniforme apresentam um quadro clínico muito parecido com a Esquizofrenia. A diferença deve-se ao tempo limitado em que os sintomas persistem. Ou seja, os sintomas devem estar presentes por mais de um mês, porém os pacientes não devem ultrapassar seis meses com o quadro.
A remissão (melhora) deve ocorrer durante esse período, sendo que quanto mais curto for o episódio, melhor é o prognóstico. Prejuízo social ou ocupacional em função de seus sintomas podem estar presentes ou não. Pacientes que persistirem com os sintomas psicóticos por um período superior a seis meses podem receber o diagnóstico de Esquizofrenia.
O tratamento é similar ao da Esquizofrenia, geralmente necessitando de hospitalização para a realização de diagnóstico e tratamento mais adequados.
Transtorno Esquizoafetivo
Essa doença tem características tanto da Esquizofrenia quanto dos Transtornos de Humor. Em outras palavras, os pacientes que apresentam essa doença têm sintomas de esquizofrenia, "misturados" com sintomas de doença afetiva bipolar (antigamente conhecida como psicose maníaco-depressiva) ou de depressão. Esses sintomas podem apresentar-se juntos ou de maneira alternada.
Ocorre também na adolescência ou início da idade adulta e costuma ter uma evolução mais benigna que a Esquizofrenia e pior que o Transtorno de Humor.
O tratamento consiste em internação hospitalar, medicação e intervenções psico-sociais. As principais medicações escolhidas para o tratamento do Transtorno Esquizoafetivo são as mesmas utilizadas no tratamento da Depressão e da Doença Bipolar, assim como antipsicóticos.
Transtorno Delirante
Delírio é um tipo de pensamento no qual o indivíduo tem uma crença inabalável em idéias falsas, irracionais ou sem lógica. E esse é o principal sintoma apresentado pelos pacientes com Transtorno Delirante.
Para que o paciente receba esse diagnóstico, os delírios devem estar presentes por um período maior que um mês. Diferem da Esquizofrenia por esses pacientes não serem tão gravemente comprometidos em seu comportamento e linguagem. Os pacientes podem apresentar alucinações, mais comumente relacionadas ao tato e ao olfato (cheiros). O Transtorno Delirante antigamente recebia o nome de Paranóia, associando o nome da doença aos delírios persecutórios. Porém, hoje sabe-se que esses pacientes podem apresentar outros tipos de conteúdo delirante, dividindo o diagnóstico em diferentes subtipos:
 
Tipo erotomaníaco:

Delírio cujo tema central é que uma pessoa está apaixonada pelo paciente. Esse delírio geralmente refere-se mais a um amor romântico idealizado ou uma união espiritual do que propriamente uma atração sexual.
Tipo grandioso:

Delírios de possuir uma grande talento, conhecimento ou ter feito uma importante descoberta ainda que isso não seja reconhecido pelas demais pessoas. Pode tomar a forma também da convicção de ser amigo de um presidente ou ser portador de uma mensagem divina.
Tipo ciumento:

Delírios de que está sendo traído pelo cônjuge.
Tipo persecutório:

Delírios de que está sendo alvo de algum prejuízo.
Tipo somático:

Delírios de que possui alguma doença ou deficiência física.
Tipo misto:

Delírios acima citados misturados.
Tipo inespecífico:

Delírios diferentes dos descritos acima.
De maneira geral o tratamento é realizado em consultório. Internação hospitalar pode ser necessária em situações em que há presença de riscos (agressão, suicídio, exposição moral). O tratamento é feito com medicação antipsicótica e psicoterapia.
Transtorno Psicótico Breve
O Transtorno Psicótico Breve pode ter um quadro clínico muito parecido com a Esquizofrenia ou com o Transtorno Esquizofreniforme, apresentando delírios, alucinações, linguagem ou comportamento desorganizado ou com o Transtorno Delirante. Entretanto esses sintomas deverão estar presentes por um curto espaço de tempo e persistir no mínimo por um dia, e no máximo por 1 mês, melhorando completamente dentro desse período sem deixar sintomas residuais.
Geralmente encontramos situações estressantes que precipitam o quadro.
O tratamento deve ser com medicações antipsicóticas, eventualmente necessitando internação hospitalar. A evolução desses quadros costuma ser benigna com total remissão dos sintomas.
Transtorno Psicótico Compartilhado (Folie à Deux, Codependência)
Trata-se de uma situação rara na qual uma pessoa começa a apresentar sintomas psicóticos (delírios), a partir da convivência próxima com um doente psicótico.
Geralmente ocorre dentro de uma mesma família, entre cônjuges, pais e filhos ou entre irmãos. O tratamento consiste em separar as duas pessoas. Se houver persistência dos sintomas, pode ser necessário usar medicação antipsicótica. Psicoterapia e terapia familiar também ajudam no tratamento e prevenção.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Massacre no rio

Massacre no Rio: Análise da Tragédia

TV Estadão | 7.4.2011
Para pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP, caso do atirador que matou 11 crianças em colégio do Rio chama a atenção pelo fácil acesso a armas e falta de segurança nas escolas


terça-feira, 5 de abril de 2011

O valor de um amigo!

O valor de um amigo
 
Não somos obrigados a ter um amigo, mas quem tem um vive mais feliz. Veja, eu disse UM. Já imaginou se você tiver dois, três ou cem? Amigos são bálsamos para nossas dores, respostas para as nossas incertezas e força no nosso caminhar.
 
Ter um amigo é antes de tudo ser um amigo. Repare nos cachorros. Considerados o melhor amigo do homem, estes animais têm a incrível facilidade de conhecer a emoção do dono. Sabem quando estamos alegres e se afastam quando estamos tristes. Abanam o rabo quando nos vê e fazem traquinagens para chamar à atenção. Temos muito a aprender com eles.
 
Quer conquistar alguém? Comece pelo coração. A cabeça costuma ser o lugar mais difícil de iniciar um relacionamento sadio. O que o coração deseja se torna real. Amizades verdadeiras começam com pouco e chegam ao muito. Pode ser uma palavra amiga, um simples bom-dia ou um abraço afetuoso. Estas coisas esquecidas são essenciais para se conquistar as pessoas. É como uma paquera: descobrimos preferências da outra pessoa e passamos a agir assim. Quem não gosta de receber um sorriso, um abraço ou uma palavra de atenção? Quando faltam estes ingredientes, falta o sabor da amizade.
 
Busque conquistar as pessoas. Não cultive inimizades. É melhor ter um amigo do que um inimigo. Amigos nos ajudam a chegar ao céu. Deus colocou a chave da porta do céu no bolso do seu amigo. Vamos juntos?
 
Paulo Franklin
 

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O dia da mentira

Átila

Desde que me conheço por gente 1º de abril é denominado "Dia da Mentira". É interessante notarmos que para algumas pessoas mentira e verdade' são relativas. O que para uma pessoa se apresenta como uma revoltante mentira, para outra é recebido sem maiores exasperações... Este relativismo cresceu até o ponto de marcar diversas gerações e segmentos de nossa sociedade. Por exemplo:
a política - Instituído o "É dando que se recebe" , o desvio de verbas da merenda escolar para a construção de jardins nas casas de alguns privilegiados... - a fome e as necessidades das pessoas são relativas - os fins justificam os meios!
a ética - Liberação total' dos meios de comunicação, principalmente a TV, para a exibição de cenas de sexo, violência, propagandas maravilhosas sobre o álcool e fumo, utilizando-se até de mensagens subliminares - enganar e usar as pessoas é relativo - os fins justificam os meios!
alguns segmentos da moda - Tornaram-se instrumentos de vulgarização do ser humano - homens e mulheres - ludibriar e usar as pessoas, mais uma vez, é relativo - os fins justificam os meios!
e até a religião - Onde a confusão entre as mensagens, posturas e propostas têm trazido engano e alienação - cegar e usar as pessoas é relativo - os fins justificam os meios!
Por isso creio que este "Dia da Mentira", mesmo sendo folclórico, pode incitar nossas mentes a uma avaliação rápida, não só do relativismo no cenário nacional, mas também sua influência sobre nossas próprias vidas, nossa realidade interior. Quantas pessoas assumiram este "Tudo é relativo" como estilo de vida e se encontraram num labirinto existencial sem limites ou opções! Pessoas que perderam, ou estão perdendo totalmente, seus valores, o norte, o rumo! Vejo pais que instituíram este relativismo' como padrão de comunicação no lar , no relacionamento conjugal, para a vida de seus próprios filhos... filhos... Trato de jovens que foram alvo deste tipo de educação quase que semanalmente. Pessoas preciosas, mas que tiveram cedo demais a liberdade total incompatível com sua imaturidade. E ainda por cima não receberam as coordenadas emocionais, físicas, espirituais e acabaram perdendo (e se perdendo...) a alegria e o prazer da vida. Alegria que, talvez, seus próprios pais não sabem onde encontrar. " Tudo é relativo " é BASTANTE RELATIVO! Basta vermos os resultados disso.
Um livro que tem fascinado minha vida e influenciado diretamente na educação dos meus próprios filhos e na maneira como trabalho com os jovens e adolescentes de nossa comunidade é a Bíblia. É incrível como podemos encontrar nela respostas para os mais variados problemas e questionamentos cotidianos: Vida com qualidade total ( ISO 9000 J ), relacionamentos interpessoais, educação de filhos, sexo, alegria, ansiedade, estresse, angústia, beleza interior e exterior, culinária, etc., etc. ... UFA! Ela tem muito a dizer sobre verdade - mentira - relativismo : Quando deixamos o relativismo tomar conta de nosso sistema de valores o caos se instala. Não podemos viver ignorando que nos mais "insignificantes" atos da natureza existem regras bem definidas, verdades absolutas que se não forem respeitadas trarão conseqüências terríveis. Experimente trocar a verdade da lei da gravidade pelo relativismo. "Bem, este negócio de gravidade na Terra é relativo. Se eu pular deste 56º andar nada me acontecerá, porque já assumi que esta lei é relativa para mim!" PODE? Da mesma maneira os relacionamentos com o meu próximo e comigo mesmo se desenrolam por meio de verdades absolutas que quando ignoradas trazem muita amargura e tristezas. A Bíblia trata também destas regras. Define onde termina a verdade e começa a mentira. Milhares de pessoas podem testemunhar que isto é a pura verdade, pois descobriram o conteúdo certo para tapar a lacuna! Incentivo você a parar um momento, dedicar um pouco de sua atenção ao que a Bíblia tem para dizer. Leia, estude, pense, questione e aplique. Estou certo que grandes resultados poderão ser vistos em pouco tempo.
1º de abril, "Dia da Mentira". Que eu e você possamos ter coragem de nos permitirmos uma avaliação séria. Aproveitarmos esta oportunidade para olharmos no espelho , antes que o futuro nos traga as tristezas e conseqüências de termos visto o tempo simplesmente passar sob uma atuação ineficaz de nossa parte. Chico Buarque cantou: " Eu bem que avisei a ela, o tempo passou na janela só Carolina não viu. Eu bem que avisei sorrindo, o tempo passou, ai que lindo, só Carolina não viu".
Vamos refletir? Vamos reavaliar para mudar

CONHEÇAM O MAIS BELO TRECHO DA ROTA TURÍSTICA BELÉM-BRAGANÇA

Olá pessoal, nesta postagem lhe convido a conhecer o mais belo trecho da rota turística Belém-Bragança/PA (na minha opinião) que vai entre o...